TOYOTISMO
TOYOTISMO
Surgiu a partir da globalização do capitalismo na década de 1980
no Japão após a Segunda Guerra Mundial, mas só a partir da crise capitalista da
década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia de produção industrial.
O toyotismo tinha como elemento principal a flexibilização da
produção. Logo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques.
Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem
exatamente no momento em que ele fosse demandado. Chamado Just in time.
Outra característica do modelo japonês é a qualidade total.
Podemos resumir os modelos japoneses
da seguinte forma:
1. A produção é puxada pela demanda, e o crescimento desta, pelo
fluxo de vendas.
2. Devido o espaço geográfico japonês ser limitado, a
organização tem de combater todo o desperdício. Logo o trabalho fabril é
decomposto em quatro operações básicas e com operacionalização perfeita:
transporte, produção, estocagem e controle de qualidade.
3. Introdução de novos métodos de organização fabril.
4. Terceirização.
5. Flexibilização trabalhista.
6. Utilização maciça do kanban e do just in time,
para evitar desperdício e a produção de um bem no exato momento em que era
demandado.
7. Introdução dos CCQ (Círculos de Controle de Qualidade).
Essa sistemática tratou de envolver os trabalhadores,
distribuindo não só as tarefas, como também as responsabilidades, direcionadas
às equipes de trabalho e não ao indivíduo.
Houve também uma transformação da mentalidade dos consumidores,
que estavam exigindo produtos diferenciados de acordo com a demanda dos
diferentes segmentos socioculturais.
O toyotismo se caracteriza,
sobretudo, pela sua flexibilidade, que se manifesta de várias formas:
·
Em termos
tecnológicos;
· Na
organização da produção e das estruturas institucionais;
·
No uso
cada vez maior da sub empreitada;
·
Na
colaboração entre produtores complementares.
A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas
assumiriam a supremacia produtiva e econômica.
Ferramentas do toyotismo- As principais características do
modelo toyotista são:
• Flexibilização da produção: produzir apenas o necessário,
reduzindo os estoques ao mínimo.
• Automatização: utilizando máquinas que desligavam
automaticamente, caso ocorresse qualquer problema, um funcionário poderia
manusear várias máquinas ao mesmo tempo, diminuindo os gastos com pessoal.
• Just in time (na hora certa): sem espaço para armazenar
matéria-prima e mesmo a produção, criou-se um sistema para detectar a demanda e
produzir os bens, que só são produzidos após a venda.
• Kanban (etiqueta ou cartão): método para programar a
produção, de modo que o just in time se efetive.
• Team work (equipe de trabalho): os trabalhadores passaram
a trabalhar em grupos, orientados por um líder. O objetivo é ganhar tempo ou
eliminar os “tempos mortos”.
• Controle de Qualidade Total: todos os trabalhadores, em todas
as etapas da produção, são responsáveis pela qualidade do produto, e a
mercadoria só é liberada para o mercado após uma inspeção minuciosa de
qualidade. A idéia de qualidade total também atinge diretamente os
trabalhadores, que devem ser “qualificados” para ser contratados. Dessa lógica,
nasceram os certificados de qualidade, ou ISO.
O modelo toyotista de produção valoriza mais o trabalhador do
que os modelos anteriores (fordista e taylorista), tal impressão é uma ilusão.
Na realidade da fábrica, o que ocorre é o aumento da
concorrência entre os trabalhadores, que disputam melhores índices de
produtividade entre si.
Durante o apogeu do toyotismo, as condições de estresse a que
eram submetidos os trabalhadores eram alarmantes. Os trabalhadores estão sempre
sob pressão. O operário já não dispõe de tempo para o lazer e para a vida
familiar, pois o único tempo livre é utilizado para repouso e recuperação.
Os acidentes do trabalho passaram a ser constantes e verifica-se
também um alto índice de suicídios.
Para atingir os objetivos dentro do padrão toyotista – estoque
mínimo, controle de qualidade, eliminação de tempos “mortos”, Just in time –,
é implantado um processo de qualificação da mão de obra por meio da educação do
povo, objetivando alcançar um de seus princípios fundamentais: a eliminação de
desperdício. Controle de Qualidade Total, Team work e Just in time como
características do modelo de gestão. Emprego vitalício e comprometimento do
empregado. Produção flexível em que o trabalhador é polivalente e
multifuncional.
Classificação do desperdício
Os japoneses eram tão criteriosos e disciplinados que até mesmo,
– segundo a filosofia de evitar o desperdício e cobrar comprometimento dos
empregados, – os desperdícios detectados nas fábricas montadoras foram
classificados em sete tipos:
1 – produção antes do tempo necessário;
2 – produção maior do que o necessário;
3 – movimento humano (por isso, o trabalho passou a ser feito em
grupos);
4 – espera;
5 – transporte;
6 – estoque;
7 – operações desnecessárias no processo de manufatura.
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