Natal - Data - Pinheiros de Natal - Presépio - Guirlandas e Curiosidades

 

Origem da Data   

 

O papa da época (Júlio) proclamou o dia 25 de dezembro como data oficial do nascimento de Jesus segundos alguns relatos com a intenção de enfraquecer as duas festas pagãs que eram comemoradas nesse dia e conquistar os  fiéis para a Igreja.

O imperador romano Justiniano  aproveitou a declaração do papa e declarou a data como feriado nacional, pois concilia todas as festividades em um único dia. Logo os outros cristãos  da época  ( que não eram católicos)  foram obrigados a celebrar o nascimento de Jesus  nessa data (25 de dezembro).

Roma já comemorava neste dia o dia de Saturno (festa da Saturnália - festival em que eles ofereciam presentes entre si, mas também trocavam os papéis sociais – durava 1 semana).

Nessa data também a religião mitraica dos persas (inimiga dos cristãos) comemorava o NATALIS INVICTI SOLIS (O Nascimento do Sol Vitorioso).

 

 

Curiosidades:

- Algumas igrejas cristãs orientais comemoram no dia 7 de janeiro. Essa diferença é por causa dos diferentes calendários. 

 

- Essa época também ocorreu a escolha do domingo como dia do descanso – o Dies Solis – Dia do Senhor.  A escolha do Dia do Senhor no domingo (contrariando um mandamento bíblico)  foi pelo fato de Jesus ter ressuscitado no 1º dia da semana. Unificando tudo novamente. 

                      Pinheiros de Natal

As árvores na Antiguidade eram usadas por diferentes povos como decoração ou como parte de seus rituais religiosos. Os escandinavos  em especial, adoravam árvores e faziam sacrifícios ao deus Thor debaixo das árvores.

Segundo a  Enciclopédia Barsa, origem da árvore de Natal é germânica.

Os germânicos pagãos  também realizavam sacrifícios a Odim e ao seu filho Thor usando carvalho e colocavam arvores no interior de suas casas.

Depois de convertidos ao cristianismo, esses povos acabaram adotando a árvore como um símbolo de sua nova fé (mudando apenas seu simbolismo).  Logo converteram um símbolo de adoração ao deus Thor em um símbolo da trindade cristã.

 

A partir da Idade Moderna, a prática de decorar árvores (o pinheiro) no interior da residência, ficou bem popular e, por intermédio dos ingleses, acabou espalhando-se pelo mundo. Ainda no século XIX, os alemães criaram as bolas de Natal, que passaram a ser parte da decoração da árvore natalina. Antes era comum utilizar maçãs e nozes para a decoração das árvores. As bolas de Natal eram produzidas de vidro.

Curiosidades:

- O ato de cortar as árvores para enfeitá-las é bem antigo. Vejamos na bíblia no livro de  Jeremias (10:3 e 4): “… porque os costumes dos povos são vaidades, pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam para que não se movam…”.

 

- Martinho Lutero decora uma árvore na sua casa para ensinar seus filhos como as estrelas brilham na escuridão, segundo relatos históricos.

 

- A tradição foi oficializada pelo imperador Constantino, no séc. IV d.C.. com interesses sócio/político. 

                                     Presépio

      

Foi criado no século XIII por Francisco de Assis, que quis representar o cenário no qual Jesus nasceu.

Francisco de Assis colocou em seu presépio o “boi” e o “jumento” . Os judeus vem isso como uma alfinetada (antissemitismo sutilmente introduzido). Porem são animais muito comum.  

 “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”. (Is 1:3).

 

                                       Guirlandas

 

Costume romano de se pendurar coroas de flores nas portas das casas para trazer saúde para todas as pessoas da  família.

 

Guirlandas também são conhecidas como coroas do advento, período de quatro semanas que antecede o natal. A igreja católica adotou a coroa do advento no início do século XX acendendo a cada domingo, até o natal, uma vela com significado  diferente.

No primeiro domingo, vela roxa - tempo de vigília; segundo domingo, vela roxa também -  preparação; terceiro domingo, vela rosa- espera e alegria pela chegada do messias;  quarto domingo ou na noite de natal, vela branca, acesa na, do nascimento de Jesus.

 

Curiosidades:

- Ramos que são enrolados na girlanda é para trazer esperança, pois a chuva faz brotar aquilo que parece estar morto, anunciando vida nova.

 

 - Tertuliano (160 – 220 d.C.), escreveu para os cristãos:  “Se vocês renunciaram aos templos, não transformem as vossas portas e as vossas casas em templos“. (A Idolatria – séc. III d.C).

                                          Papai Noel

Noel  no francês  significa Natal e no  inglês ( Santa Claus), vem de uma adaptação de Sinter Klass, como São Nicolau era chamado em holandês.

Alguns pesquisadores  ligam o Papai Noel com a lenda de São Nicolau. Ele era um Bispo católico de Mira (atual Turquia), na Ásia Menor, no século IV. Escolhido como patrono das crianças na Holanda  pois  neste dia era costume dar presentes. A lenda também conta que as crianças colocavam seus sapatinhos na janela e São Nicolau passava de noite colocando chocolates e caramelos dentro dos sapatos. O bom velhinho naquele momento, usava roupas de qualquer cor.

Por outro lado, há uma tradição que liga o Papai Noel a Odin, deus dos povos germânicos que presenteava as crianças na véspera do Yule, festival que acontecia no solstício de inverno no norte da Europa, bem próximo ao dia 25 de dezembro.

Já os noruegueses acreditavam que a deusa Hertha aparecia nessa época nas lareiras e trazia consigo sorte para o lar.

A roupa de cor  vermelha foi uma criação publicitária da Coca-Cola em 1881. A empresa caracterizou o bom velhinho como rechonchudo, com barba branca e traje de inverno vermelho. Em 1931 no comercial da marca,  o velhinho ganhou um gorro e um saco cheio de presentes que foram distribuídos no comercial. Logo surgiu assim o símbolo  publicitário que turbinou as  vendas da empresa.

Misturando tudo temos o papai Noel – sinônimo de lucro e comércio. 

Curiosidades:

- O Polo Norte surgiu como uma estratégia da Finlândia para estimular o turismo local. Nos anos 1950, o governo daquele país construiu uma vila na Lapônia, para se tornar  o lar do velhinho.

- O Yule era um festival celebrado durante o solstício de inverno e era composto por uma série de sacrifícios para os deuses Thor, Loki, Týr, Heimdall etc.. Alguns historiadores atribuem o Yule a um festa de homenagem aos mortos; outros afirmam que o Yule era apenas adoração aos deuses para garantir a fertilidade e sobrevivência durante o inverno que se aproximava. A partir do século X, os vikings passaram a usar um pingente com o martelo de Thor (o mais venerado- matador de gigantes). A religiosidade dos vikings passou a perder força a partir do século X com a crescente cristianização dos povos vikings – Logo o Yule passou a ser o Natal. 

“Quando o Senhor teu Deus desarraigar de diante de ti as nações, aonde vais a possuí-las, e as possuíres e habitares na sua terra, Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao Senhor, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás.”  Deuteronômio 12:29-32